Uma economia a serviço da vida

22/02/2015 09:46

Por: Leonardo Campos*

 

Cada dia que passa, mais e mais a temática da economia solidária ganha espaço nas discussões cotidianas e a sua prática, terreno no cenário nacional. Hoje são milhões de brasileiros e brasileiras que vivem desta nova forma de economia, entendida como um conjunto de atividades econômicas – produção, distribuição, consumo, finanças e crédito – organizadas e realizadas solidariamente por trabalhadores e trabalhadoras, de forma coletiva e autogestionária, que explica os valores e princípios fundamentais da economia solidária, que é a cooperação, a autogestão, a solidariedade e a ação econômica.

 

No Grande ABC, Santo André saiu na frente como o primeiro município da Região a ter uma legislação específica, regulamentada, que estabelece princípios fundamentais e objetivos de uma Política Municipal de Trabalho e Economia Solidária; o PT Municipal, enquanto partido, também saiu na frente sendo o primeiro diretório da Região a criar o Setorial de Economia Solidária, em evento realizado em 28 de maio de 2011, na sede do diretório do partido; foi a primeira cidade da região a criar o dia e a semana municipal de economia solidária; também a primeira cidade da região a ter a economia solidária na nomenclatura de uma secretaria e a ter um departamento específico.

 

Assim, a economia solidária vem ganhando terreno e já não paira dúvidas de que ela irá fazer surgir uma nova sociedade, na medida em que o movimento vá crescendo, assim como a quantidade de empreendimentos econômicos solidários na mesma medida vá aumentando e a cultura da cooperação e da solidariedade comece a ocupar espaço na vida das pessoas em geral.

 

Ainda que não seja na sua totalidade, a economia solidária que, na sua essência é uma economia verdadeiramente “revolucionária”, sem armas, sem mortes, sem traumas, enfim, uma economia a serviço da vida, irá provocar nessa chamada economia de mercado, ou economia capitalista, extremamente escravizante, alienante e exploratória, uma verdadeira transformação em suas estruturas mais profundas.

 

 

*Leonardo Campos

é gestor público e Presidente da COOPACESSO.